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A pensão alimentícia é um direito fundamental dos filhos e tem o objetivo de assegurar seu sustento, educação, saúde, moradia e lazer. No entanto, muitas dúvidas surgem quando o responsável pelo pagamento tem dois filhos, especialmente se eles são de mães diferentes. Como o valor da pensão é calculado nesse caso? Como a justiça decide o valor a ser pago para cada criança?

Neste artigo, vamos esclarecer como o valor da pensão alimentícia para dois filhos é calculada em 2025, abordando situações em que eles têm mães diferentes, e explicaremos como o valor pode ser ajustado de acordo com as necessidades das crianças e a capacidade financeira do pagante. É importante destacar que, ao contrário do que muitos pensam, a legislação brasileira não estabelece uma porcentagem mínima fixa de renda para a pensão alimentícia. Cada caso é analisado individualmente.

Como é Calculado o Valor da Pensão Alimentícia para 2 Filhos em 2025?

O cálculo da pensão alimentícia para dois filhos segue os mesmos princípios aplicados para um filho. A principal regra é que o valor deve cobrir as necessidades básicas das crianças, como alimentação, vestuário, educação, saúde e lazer. O cálculo considera dois fatores principais:

  • Necessidades dos filhos: A pensão deve garantir que as crianças tenham suas necessidades materiais atendidas, de forma que possam manter um padrão de vida adequado, semelhante ao que tinham antes da separação.
  • Capacidade financeira do pagante: O valor da pensão é ajustado conforme a capacidade de quem paga, considerando a renda do responsável e suas demais despesas. O juiz busca garantir que o valor não sobrecarregue financeiramente o pagante, mas que também seja suficiente para o sustento dos filhos.

Com base nesses dois fatores, o juiz avalia uma série de despesas essenciais que compõem a pensão alimentícia. Entenda abaixo o que pode estar incluído:

Quais despesas a pensão alimentícia deve cobrir?

A pensão não se limita apenas à alimentação. Ela deve assegurar condições dignas para o crescimento saudável dos filhos. Entre as principais despesas que podem ser cobertas pela pensão alimentícia estão:

  • Alimentação e itens de higiene;
  • Moradia (como aluguel, água, luz e gás);
  • Vestuário e calçados;
  • Educação (mensalidade escolar, material didático, transporte);
  • Saúde (plano de saúde, consultas médicas, medicamentos);
  • Lazer e atividades extracurriculares (esportes, passeios, cursos).

Esses itens são avaliados de acordo com a realidade da criança e do responsável legal, sendo essenciais para manter um padrão de vida adequado e promover o desenvolvimento físico, emocional e social dos filhos.

Pensão Alimentícia para Filhos de Mães Diferentes

Quando os filhos são de mães diferentes, o cálculo da pensão pode parecer mais complicado, mas o princípio básico permanece o mesmo: o responsável deve prover sustento para ambos os filhos, de acordo com suas necessidades e sua capacidade de pagar.

Divisão Proporcional

Quando o responsável tem dois filhos de mães diferentes, o valor da pensão alimentícia não é simplesmente dividido pela metade. O juiz analisa a situação individual de cada criança para definir uma divisão justa dos recursos, sempre levando em consideração as necessidades específicas de cada filho e a capacidade financeira do pagante.

Além da renda do responsável, o magistrado pode considerar despesas diferenciadas, como custos com educação, saúde ou necessidades especiais, o que pode resultar em valores distintos de pensão para cada filho.

A renda da mãe também é considerada?

Sim. Embora o foco normalmente recaia sobre quem realiza o pagamento da pensão, o juiz também pode avaliar a condição financeira do outro genitor. Pelo princípio da proporcionalidade, ambos os pais devem contribuir para o sustento dos filhos, de forma equilibrada.

Se a mãe tiver uma renda mais elevada, a contribuição do pai poderá ser ajustada para menos. Por outro lado, se a mãe tiver poucas condições financeiras, o juiz poderá determinar um valor maior a ser pago pelo pai. Essa análise busca garantir justiça na divisão das responsabilidades e proteção adequada aos direitos das crianças.

Exemplo Prático

Vamos imaginar a seguinte situação: um pai tem uma renda mensal de R$ 5.000 e dois filhos, cada um de uma mãe diferente. O juiz pode definir que 25% dessa renda — ou seja, R$ 1.250 — seja destinado à pensão alimentícia. Esse valor, no entanto, não será necessariamente dividido em partes iguais.

A quantia pode ser repartida de forma proporcional, considerando, por exemplo, se um dos filhos tem despesas escolares mais elevadas, faz uso contínuo de medicamentos ou necessita de acompanhamento terapêutico. Assim, a divisão é feita com base na realidade de cada criança.

Como Solicitar a Revisão da Pensão Alimentícia em 2025

O valor da pensão alimentícia não é fixo e pode ser revisado ao longo do tempo. Caso haja uma mudança significativa na situação financeira do pagante ou nas necessidades dos filhos, qualquer uma das partes pode solicitar uma revisão do valor da pensão.

Essa solicitação deve ser feita judicialmente, com a apresentação de provas que demonstrem a mudança nas condições financeiras do pagante ou um aumento nas despesas dos filhos. O juiz, então, analisará o pedido e determinará se o valor da pensão deve ser reajustado.

Revisão para Redução do Valor

Caso o responsável pelo pagamento da pensão esteja passando por dificuldades financeiras — como perda de emprego, redução de salário ou endividamento — é possível solicitar judicialmente a redução do valor da pensão. Para isso, é necessário apresentar documentos que comprovem a mudança na condição econômica, como rescisão de contrato, holerites atualizados, extratos bancários ou declarações de desemprego.

E se o pagante estiver desempregado?

Mesmo em situação de desemprego, a obrigação de pagar pensão alimentícia continua válida. Isso porque o dever de sustento dos filhos não se extingue com a perda da renda formal. Nesses casos, os juízes costumam fixar a pensão com base no salário mínimo vigente, considerando um percentual proporcional à realidade do caso.

Na prática, esse valor costuma variar, dependendo das necessidades dos filhos e da justificativa apresentada. Ainda que o desemprego seja temporário, é fundamental buscar a revisão judicial o quanto antes, evitando o acúmulo de dívida e possíveis penalidades legais.

Revisão Para Aumento do Valor

Por outro lado, a mãe ou o responsável pela criança também pode solicitar a revisão da pensão para aumentar o valor, caso as necessidades do filho tenham aumentado. Um exemplo seria a matrícula da criança em uma escola particular ou a descoberta de um problema de saúde que gere novos custos.

O Que Fazer se o Pagante Não Cumprir com a Pensão?

Se o pagante deixar de cumprir com o pagamento da pensão alimentícia, poderá sofrer diversas penalidades, que podem incluir:

Cobrança de pensão em atraso: A dívida acumulada pode ser cobrada judicialmente, com acréscimo de correção monetária e juros.
Bloqueio de contas e bens: O juiz pode determinar o bloqueio de contas bancárias ou de bens do devedor.
Prisão civil: Em casos mais graves de inadimplência, o pagante pode ser preso por até 3 meses, como uma medida coercitiva para garantir o pagamento.

Portanto, se o responsável pela pensão enfrenta dificuldades para manter os pagamentos, é essencial que ele solicite a revisão judicial antes que a dívida se acumule. Ignorar a obrigação pode gerar complicações legais sérias e desnecessárias.

Existe um valor mínimo de pensão definido por lei?

Apesar de muitos acreditarem que a pensão deve ser de 30% da renda do pagante, a legislação brasileira atualmente não estabelece um valor mínimo fixo para a pensão alimentícia. Cada caso é avaliado individualmente, levando em conta as necessidades da criança e a capacidade de quem paga.

No entanto, há uma proposta em andamento no Congresso Nacional que pretende criar um piso de 30% do salário mínimo para casos em que o responsável legal não possui vínculo empregatício formal ou quando não há informações suficientes sobre sua renda.

Se essa proposta for aprovada, poderá trazer mais segurança para quem depende da pensão, especialmente em situações onde o pagante está desempregado ou atua na informalidade.
Por isso, é fundamental estar atento às mudanças na legislação e contar com orientação jurídica para garantir que os direitos da criança sejam sempre protegidos.

A Importância da Pensão Alimentícia para o Bem-Estar e Desenvolvimento das Crianças

Além de garantir as necessidades básicas, como alimentação, moradia e educação, a pensão alimentícia desempenha um papel fundamental no desenvolvimento emocional e social das crianças. Uma parte desse recurso pode ser destinada para atividades que promovam o bem-estar físico e psicológico, como a prática de esportes.

O Esporte como Parte do Crescimento Saudável

Crianças Brincando

Participar de atividades esportivas não é apenas uma forma de lazer, mas também um meio de desenvolvimento integral para a criança. Modalidades como futebol, natação, dança, entre outras, ajudam a desenvolver disciplina, trabalho em equipe, autoestima e saúde física.

Ao permitir que os filhos tenham acesso a essas oportunidades, o responsável pela pensão contribui para momentos felizes e memoráveis na infância, garantindo que eles não fiquem desamparados em situações que enriquecem seu crescimento.

 Conclusão

O cálculo do valor da pensão alimentícia para dois filhos leva em consideração as necessidades das crianças e a capacidade financeira do pagante, sem uma porcentagem fixa definida por lei. Quando os filhos são de mães diferentes, o valor da pensão é dividido proporcionalmente entre eles, com base nas suas necessidades específicas.

Seja qual for a sua situação, é sempre recomendável procurar orientação jurídica para garantir que o processo de definição ou revisão da pensão alimentícia seja conduzido de forma justa. Um advogado especializado em direito de família pode ajudar a orientar os próximos passos, garantindo que os direitos das crianças sejam preservados, ao mesmo tempo que o responsável pelo pagamento cumpre com suas obrigações de forma equilibrada.

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